Chega tão de repente, domina como que num piscar de olhos, abrasa, esquenta, alimenta, é quase que vital. Coloca-nos nas melhores e piores situações, nos faz sorrir e chorar, transbordar e logo em seguida e muito infelizmente escorrer...Escorrer assim como as lágrimas que são praticamente inevitáveis. E essas lágrimas, ah essas lágrimas...São tão dolorosas, frias, tão frias que nos caem ao rosto como cubos de gelo, pesadas e tão poderosas que não ferem apenas por onde passam.
Amar é ser radical, é se submeter a tudo isso e a muito mais, com certeza mais do que podemos suportar e até mesmo superar. Quem ama é simplesmente um corajoso ser, tem um quê de exótico e a personalidade dos loucos. Submete-se a borboletas no estômago, sonhos inacabáveis, e tem o coração quase que sempre acelerado, além de ser, claro, um ser de olhos vendados e que mesmo assim pode enxergar muitas vezes melhor do que aqueles que não amam e tem o âmago amargurado! Quem ama não tem medo de morrer de amor, pois no fundo, bem lá no fundo sabe, que pode viver dele.
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim.
(Djavan)